Como a indústria pode se defender das ameaças de ciberataques

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Ataques cibernéticos geram prejuízos entre 480 mil e 1.7 milhão de dólares em todo o mundo

Com os frequentes ofensivas a grandes corporações mundiais, as marcas brasileiras não ficam de fora da mira dos hackers. De acordo com o relatório Global Application and Network Security Report (2019-2020), que entrevistou 561 representantes de companhias em todo o mundo, apenas 6% desses nunca sofreram uma investida.

Hoje essas invasões geram prejuízos entre 480 mil e 1.7 milhão (Dolár/Euro/Libra), conforme o documento, entre pagamentos de resgate e o custo de se manter uma parada de produção, que muitas vezes produz o equivalente a milhões por hora.

Na visão do Sérgio Eler, diretor de Tecnologia da Nexa, empresa de soluções para a indústria 4.0, existe uma mudança de comportamento, já que antes não havia um foco em atacar a operação. Agora os ciberataques nessas áreas são frequentes e têm crescido muito.

A companhia de tecnologia, que desenvolve projetos de segurança no Brasil e na América Latina, conta que foi procurada por duas grandes companhias do mesmo segmento, uma que tinha acabado de receber uma ofensiva e outra que, junto à instalação da nova fábrica, já está tomando todas as precauções cabíveis para impedir uma eventual invasão.

Projetos voltados para Cibersegurança reduzem os ataques

Segundo Sérgio, ninguém está 100% livre de ser invadido, mas em uma indústria bem protegida, que segue todas as políticas de segurança, o hacker vai encontrar dificuldades e, muitas vezes desistir, buscando aquelas que ainda não tem proteção. Além do mais, com um projeto completo voltado para a cibersegurança, no caso de um ataque em curso, a empresa terá saídas de neutralizar a invasão, mitigando danos ainda maiores.

Sérgio lista ainda algumas iniciativas que são primordiais para manter os negócios seguros. A primeira ação que deve ser tomada é avaliar e inventariar todos os ativos dentro da planta. É importante conhecer o que se tem, para saber o que precisa ser protegido e como. Outro passo é criar políticas de segurança bem definidas, para então desenvolver soluções de acordo com a necessidade do que foi inventariado. Analisando as fragilidades, é possível aplicar recursos como firewalls, antivírus e controles de acesso rigorosos.

Para proteger a indústria monitoramento

Mesmo assim, as vulnerabilidades são constantes e as melhorias devem ser contínuas, por isso o projeto deve ser analisado frequentemente para apontar possíveis riscos.  Após a implantação do projeto, ferramentas de monitoramento sinalizam a um centro de operações, quaisquer possibilidades de ameaças que podem aparecer. O trabalho é feito por softwares, que utilizam a mais alta inteligência artificial na nuvem e enviam as informações, para que os profissionais possam atuar com agilidade e eficácia.

Segundo o relatório de Cibersegurança Industrial da Kaspersky, a pandemia teve impacto no aumento dos ataques com o aumento do trabalho remoto, a redução nos orçamentos voltados à segurança e no atraso da implementação dessas medidas. O estudo ressalta ainda que algumas tendências tecnológicas atuais estão demandando a revisão de práticas na cibersegurança industrial, como a Internet das Coisas para a Indústria (IIoT) e o 5g, para citar alguns.

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